- Mas como assim mamã?
- Demoras muito, mamã?
- Já não estás zangada, não?*
- E não damos um beijinho à Rita?
- Olha os Meos... Gosto dos Meos.**
E, finalmente:
- E então é assim, mamã: a Rita estava a chorar por causa das peças, a Mamel disse à Isabel que lhe desse as peças...
- Porque a Rita estava triste?
- Não, mamã. A Rita estava triste, mas estava contente.
- Era a brincar?
- Sim, mamã.
*Isto dá um longo post
**Pouca televisão que veja apanha sempre qualquer coisa.
Madalena - Adeus, mamã. Vai tabalhari.
Está certo.
Ao jantar:
- Mamã, ajuda. A Manena tá a fazer esparates (disparates).
No carro:
- A mamã não pode apanhar a Quica, peque tá a conduzir.
E já tem memória:
- Como é que a Madalena dizia chucha quando era mais pequenina?
- Buuuuuuuuuuuuuuuu.
- Onde é que a mamã trabalha?
- No tabalho!
- E o papá?
- No jonal.
Está tudo dito.
Agora quando lhe dizemos "A Madalena é tontinha?", ou outra palavra qualquer, mesmo que até seja uma coisa positiva responde:
- Não, não. A Manena é linda.
Outra versão, ainda mais apurada:
- A Madalena é a mais linda de onde?
- Do mundo.
E se isto parece megalómano é esperar por quando está realmente bem-disposta:
- Do mundo inteio.
A tia Almeida diz que está a cair da cadeira de rir com as minhas preocupações com a língua e o mau português de "Atirei o Pau ao Gato". A rir-se de mim e não comigo, entenda-se. Ora, a mamã não quer mudar o mundo (querer até queria, mas acho que não vou conseguir) mas, enfim, não seria mau que já que estás a aprender, que aprendesses bem. Porque primeiro foi o "assentada" e a seguir veio o "amostra" (amosta, no seu caso). Para breve, está prometido, teremos o "forem". Também gosto muito.
Eis uma dúvida a que, possivelmente, apenas Ana Almeida sabe responder: por que se canta "assentada à chaminé..." na canção do 'Atirei o Pau ao Gato'?
Põe-me fora de mim!
E que interessa que eu diga "sentadinha" (pirosinho mas português) em vez de "assentada" se depois na escola, na televisão, nos DVD infantis, por todas as partes, se canta mal? A não ser que isto seja do mais erudito que há e eu não saiba. Agradecem-se esclarecimentos em qualquer caso.
Trânsito caótico no Saldanha em dia de chuva e esta mãe, passada da cabeça (isto é o máximo a que posso ir), solta um BURRA para a condutora da frente. Alguém, não vou dizer quem mas fez na segunda-feira 22 meses de vida, grita entusiasmadíssima: buia, buia, buia, buia.
Alguém cá em casa, a propósito de não sei-o-quê disse poça, palavra prontamente repetida pela fedelha! Não há bolds, nem itálico. Di-la perfeitamente. Que verguenza!
Finalmente, uma coisa querida (pelo menos para o meu apetite).
Eu digo "amor, podes mudar o canal?" para o papá e ela sai-se com um amori.
E isto ainda agora começou...
PS: (sobre as pinturas rupestres) Os SOS Manchas visitam a zona sinistrada esta semana!
A fase bebé é encantadora, mas ter em casa uma criança de 21 meses e 16 dias é muito melhor. Cada dia é melhor do que o anterior.
São os risos
que fazem dela melhor público do que a Sónia Silva
(e quem sabe do que falo sabe que isto é muito)
São as imitações
deitar-me na carpete da sala e ela ao meu lado, pedindo que levante as pernas como ela
E, finalmente, as palavras.
todas as que consegue aprender por dia e que já não conseguimos contabillizar.
Os mistérios da língua são poderosos.
Podemos ensinar-lhes o que queremos, mas eles percebem sempre mais do que nós pensamos. Aconteceu cá em casa: quando era cedo e não a queríamos birrenta, a chorar na expectativa de beber um biberão cheio de leite quente, dizíamos que íamos aquecer o milk, assim em inglês, para ela não perceber mesmo. Mas agora já não podemos. No outro dia ela ouviu-nos e disse: "sim, papá, eitito (que é como ela diz leitinho)".
Mãe - O que é que queres para sobremesa?
Ela - Puta!
Mãe - O quê?
Ela - Puta!
Mãe - Fruta?
Ela - Puta!
E depois veio a parte que nos pode levar à cadeia:
Ela - Mamã, pate puta Manena!
Blogues que os pais visitam
Sítios para bebés... e não só