A boa notícia é que és perfeita e estás perfeita.
A mais desafiante é que vou ter de te tirar as bolachas.
Com delay, mas com vontade de pôr os pontos nos is, deixo a afirmação que faltava:
A MINHA FILHA COME PAPA MAIZENA.
Às terças e quintas-feiras.
Estou a fazer compras on line. Abri a lista dos iogurtes denominados "infantis" e estou em estado de choque com a oferta.
Em vez de encontrar iogurtes naturais ligeiramente açúcarados, Agros biológicos ou outros com ligeiros aromas, o que tenho à minha disposição são iogurtes com bolacha de chocolate e recheio de leite, de nesquik, queijinho com polpa de morango (um dos mais inofensivos), sandwich de leite Kinder (?!)...
Pergunto-me:
- Como se pode ir a um supermercado com uma criança sem sair de lá com uma camada de nervos, sem distribuir umas palmadas no rabo, azia e, ainda por cima, uma destas porcarias no carrinho? É que, como se não bastasse o conteúdo, as embalagens estão repletas de bonecada atractiva, ao passo que o Agros Biológico, por exemplo, parece saído dos anos 70,
- Como é que uma pessoa pode controlar e manter hábitos alimentares saudáveis quando o apelo de compra é para porcarias destas?
Pode sempre argumentar-se que quem não quer passar por isto não leva os miúdos ao supermercado. Acho difícil levar a cabo este plano, já para não falar de como, para prevenir um mal, estamos a fazer outro: privar a criança de participar na economia familiar.
Está certo que existam iogurtes destes. Irrita-me é que lhes chamem "infantis".
Era um plano adiado há muito tempo, mas finalmente podemos fazer o visto mental: a Madalena esteve num concerto para bebés.
Portou-se muito bem, melhor do que pensava que algum dia se portaria (ela e os outros meninos todos), e no fim ainda teve direito a uma visita-maravilha pelo Oceanário.
Não sei o que a fascinou mais. Se a música, se as outras crianças, se o escuro, se os instrumentos, se os peixes. O ar espantado dizia tudo.
Não é que se faça sem esforço isto de acordar cedo a um sábado para estar no Parque das Nações às 09h00, mas valeu a pena. E, está prometido, vamos voltar. A este sítio ou a outro. (E já agora, tenho de agradecer aqui à Carla Castro pela dica. Se não fosse ela ainda estava agarrada ao telefone a tentar reservar um dia, lá para o último trimestre de 2010 para os concertos no Centro Cultural OIga Cadaval, em Sintra. É mais: já voltei a tentar marcar e nada. Parece que só com cunha! Alguém conhece os Worm?)
E a montanha russa de sensações não parou por aqui. Hoje, pela primeira vez nos seus 13 meses e 21 dias de existência, Mini almoçou num restaurante. E quando digo almoçou é ter comido tudo aquilo a que tinha direito: Sopa de legumes, hamburguer grelhado com arroz e abacaxi. Só faltava pedir um cafézinho em cima. A honra coube à Cervejaria Portugália do Cais do Sodré (foi o que se pôde arranjar).
A nossa filha pesa 9.970 quilos, mede 74 cm e está impecável.
Vai começar a comer tudo o que nós comemos e a beber leite de vaca.
(E agora, finalmente, um post sobre comida)
A Mini come tudo (e com alegria), o que é um grande descanso. Ocasionalmente, duas ou três vezes por semana, faz a sua birra, mas habitualmente está calma. E aqui a mamã agradece. Já come quase todos os legumes e os que não introduzi é porque ainda não cresceram quanto baste na horta da minha mãe. Sim, é verdade. A avó da Mini plantou-lhe uma horta cheia de coisas deliciosas: cenouras, courgettes, alhos franceses, couve flor, alfaces. Também há espinafres e agriões, mas como ainda não tinham crescido o suficiente a baby ainda não experimentou. Tirando as frutas (que mesmo assim são escolhidas com mil cuidados), todos os legumes que esta miúda experimentou esta hoje são frescos e biológicos. Suponho que isto faça qualquer coisa às pessoas. Pelo menos devia fazer. Eu espero que a Madalena cresça bem saudável à conta de tanta preocupação alimentar. Em todo o caso, tem valido mesmo a pena: os legumes são acabadinhos de colher e cheiram mesmo ao que são e isso, realmente, já não se encontra. Ainda bem que a Mini tem.
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