Milagre é a palavra que me ocorre mais vezes quando penso que estou grávida e que a Mini-Madalena vai nascer. Passaram nove meses e continuo surpreendida.
Ter filhos não é simples e gostaria de nunca me esquecer disso, sobretudo agora que a Mini-M. está a ponto de chegar. Se tudo correr como previsto, é amanhã (já hoje, se tivermos em conta que já é 01h00).
Uma vez que esta deverá ser a última vez que escrevo para a Madalena antes de ela ser gente a sério, com direito a registo e existência na conservatória, queria só dizer-lhe que este blogue foi feito inteiramente a pensar nela (e no momento em que será ela a fazê-lo) e que pretendo que seja um gigantesco álbum do bebé para que nenhum detalhe lhe escape. Isto, claro, partindo do princípio que ela tem algum interesse em saber um bocadinho do que era o mundo quando ela chegou.
Já há data!!!
Bom, esqueçam tudo o que escrevi de manhã.
A Madalena, afinal, movimenta-se como gente grande dentro da barriga da mãe.
E até mudou de posição nas últimas três semanas. Só que em vez de dar uma cambalhota como Deus manda, foi pior a emenda do que o soneto. Ficou na transversal. Portanto, se antes já não havia qualquer hipótese de nascer naturalmente, agora então é que não há a mínima hipótese.
A minha filha ainda não nasceu e já é uma menina do papá. Eu sei que isto parece incrível, mas a Mini-Madalena há muito que reconhece a voz do pai. Basta que ponha a mão na barriguinha e diga duas ou três coisas para ela se começar a mexer. É tão lindo que chega a ser comovente!
A Mini-Madalena já pesa 1.600 gr. Tem 29 semanas e corpinho de 31, o que quer dizer que se continuar assim ainda nasce antes de 15 de Fevereiro. Por nós, tudo bem. Estamos preparados. Tão preparados quanto podem estar duas pessoas que nunca trocaram uma fralda ou deram um biberão.
Menos mal que a aula de ontem, terça, era sobre a banhoca dos bebés.
Querido blogue,
hoje foi dia de ecografia.
Já peso 813 gramas, o dobro do que pesava há um mês quando fui ao médico pela última vez.
Estou "óptima", segundo o senhor doutor, e estou a ficar tão grande que já não dá para me ver completa de uma vez só. A certa altura deitei-me de lado e os pais puderam ver a minha cara. Estive a olhar para eles.
E agora toca a esperar. Só nos voltamos a ver no dia 3 de Dezembro, já com sete meses. Que pena! Por mim, os pais olhavam para mim todos os dias um bocadinho.
Ontem à noite, o papá sentiu-me a mexer pela primeira vez. Acho que gostou muito. Pôs a mão na barriga da mamã, esperou um bocadinho e depois, segundo as suas próprias palavras, sentiu "um toquezinho".
Querido blog,
hoje dei uma lição na minha mãe.
Passou o dia a dizer que eu era uma mole (com todo o seu carinho, eu sei!), porque não me mexia e então resolvi surpreendê-la.
A mãezinha foi a um serviço, era uma coisa chata - um velório - e eu decidi mostrar-lhe que não podia ser. Então, pouco depois de ter chegado comecei a mexer-me e a mexer-me e a mamã teve de sentar-se um bocadinho. Foi tão divertido!
Quem disse que uma criatura de 406 gramas não pode deixar uma adulta de 31 anos confusa? Perguntem à minha mãe que ela diz-vos.
Anda há mais de uma semana a tentar perceber se eu me mexo. Bom, sem dúvida que não estou aqui dentro parada enquanto a mamã passa o dia em correrias (força de expressão, papá!)
A mamã sente "coisas". Um formigueiro, uma pressão, uma festinha na barriguinha por dentro. Só que não sabe muito bem se isto sou mesmo eu.
Tenho 21 semanas a esta altura do campeonato e já vai começando a ser hora de dar um ar da minha graça. O dr. Pedro diz "entre as 20 e as 22". Por isso, a mamã espera. E o papá desespera. É que ele também quer sentir "coisas".
A ver se me apetece...
Porque nunca é de mais dizê-lo!
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