Terça-feira, 30 de Setembro de 2008
Mas por onde é que começamos?
Desculpem a ausência dos últimos tempos, mas muitos (e bons motivos) têm-nos mantido longe da vida bloguística:
1. A magnífica festa da "Time Out", na sexta-feira à noite, num palácio maravilhoso ali no Príncipe Real. Não houve pessoa com quem tivesse falado que não começasse a conversa com um "mudava-me já para aqui". Na hora h todos temos a mania das grandezas. Que bom! Fora isso, registe-se que passei a noite a rir na sala senior (eles sabem do que falo!) e bebi uma caipirinha (é preocupante esta coisa de ultimamente registar tudo o que bebo)
2. A festa foi a pausa Kitt Katt na mudança de casa. Sim, vamos mudar. Aliás, já mudámos. A nossa vida no T2 está resumida em 120 caixas (120?!) divididas pela nossa "casa de substituição" e o armazém. E, aqui chegados, há que agradecer, e agradecer muito, aos senhores da Urbanos. Se não fossem eles ainda lá estava a empacotar coisas, incapaz de me decidir sobre o que é importante, o que podemos deitar fora. Não se pode ser mais pedante que isto, mas a certa altura dei por mim a pensar no Lobo Antunes. Uma vez numa crónica dele é que li qualquer coisa sobre a mania que os velhos têm de guardar tudo e de se rodearem de "coisas". E sou assim. Assim, já em nova, note-se. Eh eh. Bom, mas o que cabe aqui dizer é que estou verdadeiramente impressionada com a empresa de mudanças. Primeiro, chegaram a horas. Segundo, eram limpos, lavados, educados e estavam bem vestidos (isto é que me deixou de queixo caído). Terceiro, reciclam caixas de cartão e todas têm impresso o local onde se destinam, o que têm dentro e para que divisão da casa se destinam. Eu já tinha ouvido falar de gente assim, mas pensei que só existiam nos filmes. Para serem perfeitos só lhes faltava não escreverem "Ereceira", "parteleiras" e "armanzém". Mas isto é a nota de humor numa mudança exemplar. Não sei se se nota, mas estou mesmo contente.
3. Quando o assunto são mudanças, só há coisa que chateia: é que durante uns tempos uma pessoa tem sempre a sensação de viver como uma cigana, perdão, como um povo nómada. E disso não gosto nada. A casa está cheia de papelão, a Madalena estranha o quarto, constipou-se e a atenção para ele é muito escassa. Estou a tentar não me culpar, mas acho mesmo que ando a fazer um mau trabalho.