Vai haver um dia em que vamos todos olhar para trás e querer saber como é que a mãe, moi, se tornou na má da fita cá em casa. Aquela que não deixa comer gelados, obriga a cumprimentar velhinhos e a lavar a cara com água fria de manhã. Eu sei que esse dia vai chegar e, como diz o outro, é bom sinal. Mas para que a dúvida não fique a pairar, aqui fica registado que aos 4 meses da Mini eu já sou a pide má. O pai, claro, é o pide bom.
Nada como desempenhar tarefas tão agradáveis como limpar o nariz à Madalena para estas coisas se clarificarem. Como a Mini está a ficar maxi, chora mais, esperneia mais e a tarefa complica-se de dia para dia. Tudo natural! Claro que ainda se consegue fazer sozinha, mas se houver ajuda para agarrar nos bracinhos e pôr a cabeça para o lado certo, tanto melhor. Essa é a função do pai. A mim cabe-me lançar o esguicho de soro fisiológico narina acima. Uma porcaria. Nem um adulto gosta, quanto mais uma criança. Mas é preciso e, portanto, faz-se, apesar da berraria. E aqui entra a parte dos bons e dos vilões: o pai fica logo solidário com o choro, ao passo que esta mãe está sempre disposta a fazer mais uma vez.
Eis o diálogo típico:
Mãe: Vamos pôr o soro.
Pai: Tem mesmo de ser?
Mãe: Tem.
(Faz-se de um lado e a Mini chora)
Pai: Pronto, pronto (com ela ao colinho).
Mãe: Vamos à outra.
Pai: Tem mesmo de ser?
Mãe: Tem.
Pai (contrariado): Mas rápido, está bem?
(Faz-se)
Mãe: Ainda lá ficaram umas secreções. Temos de repetir.
Pai (agarrado à filha): Não é nada. Está bom, está óptimo. Ela já está irritada. (E afasta-a da mãe).
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