Terça-feira, 9 de Fevereiro de 2010
Mas porquê que que quero ter filhos?
Vejamos (e vejamos um pouco para lá da pergunta com ar odioso que dá título ao post), três em cada cinco dias tenho de ligar em cima da hora à minha mãe para ir buscar a cria ao infantário porque não me consegui despachar a horas. Venho para casa cheia de vontade de chorar a pensar o que ando a fazer, por que raios ando nesta correria de ir trabalhar. Já cheguei a pensar: malditas feministas, arruinaram-me a vida. Eu seria feliz atrás do tanque e do fogão a cuidar dos meus ranhosos. Não seria, eu sei, claro que não seria. Ao fim de pouco tempo estaria a perguntar-me o sentido da vida.
Nos outros dias, há dias em que só de pensar no que ainda tenho de fazer fico à beira de um ataque de nervos: o banho-vestir-jantar-pôr a dormir dá cabo de mim. Não me entendam mal, não faço com desprazer, aliás, faço com prazer, mas só porque é Ela, a Manena, e porque a adoro.
Deve ser por isso e só por isso que quero ter mais filhos. Realmente, pensemos bem: Não existe qualquer razão lógica e racional para voltar a ficar grávida. Pelo contrário: falta de tempo, marido pouco tempo em casa, vontade de melhorar no trabalho... Mas, inexplicavelmente, eu quero mesmo ter mais filhos. Este e se calhar mais um. Não consigo evitar, é físico.
De
acatar a 9 de Fevereiro de 2010 às 15:09
olhe, eu não vinha aqui a este burgo há uma semana e tal ou mais e devo dizer que fiquei assim boquiaberto pela novidade, só não dou pulos de alegria porque tenho de ir agora tomar as picas da hepatite A e da hepatite B, que são duas coisas irmãs, assim como será irmã o que nascer em agosto em relação ao seu rebento já existente e com quem já tive o prazer de partilhar o mesmo tecto, confirmando que de facto se trata de uma criança adorável e boa filha da mãe, na medida em que a mãe é divertida e ri-se de tudo, assim como a filha, o pai não tenho o prazer de conhecer a não ser da televisão, mas parece-me catita, é exactamente essa familariedade fugaz com a criança já existente e o longo passado de duras batalhas travadas juntos no jornalismo que acho que seria no mínimo indicado um telefonema da sua parte a informar-me da boa nova, deste modo fiquei a saber da mesma forma que terão ficado a saber algum eventual tio que tenha em frança ou na beira alta, há coisas que magoam, mas percebo que tenhas prioridades, seja como for, o desenvolvimento da sua pança será acompanhado por mim de bem longe, em áfrica, mas fica aqui o desejo de felicidades bastas e a promessa que sempre que me deparar com uma criança esfomeadita em áfrica lhe direi em bom francês 'que pena não seres filha da lina, que aquilo é bife e puré de batata em alegria para os ossos', beijinhos e abracinhos deste que lhe quer bem, apesar de, por princípio, odiar famílias felizes, tivesses tu uma casa no campo e aí é que deixava de te falar.
Comentar: