Não se escreve por aqui porque parece que não há nada interessante (fiquei traumatizada depois da Mil Sorrisos dizer que era de rir que fizesse um post porque a minha filha corre - tem razão, mas who cares?). Estarmos ligeiramente constipadas não ajuda. Vamos adiar a ida ao centro de saúde para tratar da segunda toma da vacina sazonal. Temos discutimos um bocado de manhã. Não me agrada. Primeiro é porque não quer trocar a fralda e vestir a roupa (muito gosta do quentinho esta miúda!). Depois por causa das brincadeiras. Insiste em andar com todos ganchos na mão e morro de medo que engulo um.
Está tão crescida que já não quer ficar ao meu lado na casa-de-banho enquanto tomo banho. Sim, eu sei que estou sempre a dizer ao papá "leva a Manena daqui, quero tomar banho descansada", mas também tenho medo do que possa fazer sem supervisão.
Em compensação, está cada vez mais hábil com o DVD. Hoje pegou no comando do iPod e pôs o computador a tocar (não fazia ideia que isto era possível, sequer!) e conhece tudo quanto é super-herói infantil - Pocoyo fui eu que ensinei, Noddy, Ruca e Ursinho Gummy não faço a mínima. Agora também acha piada a isto:
Pede o Pocoyo, senta-se ao meu colo e vemos o YouTube (abençoadinho seja!). Depois vai vendo os bonecos e pedindo outros (foi assim que demos estes Bichos Cantores).
Quando acorda, ainda assim, está sempre super meiga. Hoje, enquanto lhe preparava a roupa, pediu para se deitar na cama. Tapou-se e disse "vou domí". Bebeu o leite debaixo dos cobertores como se fosse muito mais crescida.
Fala bastante. Diz coisas super cómicas e inesperadas, nem sempre com sentido real. Mais para me fazer a vontade, presumo.
Outro passatempo é pedir-nos que imitemos os gestos que faz: braços cruzados, mãos no ar, palmas... É muito engraçado! No sábado a Mara Galuppo, que é psicóloga, disse que isso era um óptimo sinal.
Sabe bem o que é a árvore de Natal e inexplicavelmente (ou não) não tenta mexer-lhe. Suponho que porque na escola estão muito bem treinados. Com a brincadeira do calendário do Advento já diz "Manena, pesente". Seguindo o exemplo do Henrique e da família, damos-lhe coisas pequenas, roupa que precisa e enfeites para a árvore. É engraçado colocar os adornos com ela.
Por outro lado, já conseguiu destruir o embrulho do presente do papá e, se não tivesse chegado a tempo, tinha destruído outro. Está constantemente a pôr à prova e é um fósforo até se começar a oferecer porrada, o que não serve de nada porque para cumprir tal coisa não faria mais nada o dia inteiro.
(E, pronto, para quem não tinha nada para dizer...)
A boa notícia é que és perfeita e estás perfeita.
A mais desafiante é que vou ter de te tirar as bolachas.
É uma pena a net estar cheia de tarados. Caso contrário, postava aqui 300 mil fotos da pequenina-já-não-tão-pequenina. Na semana passada, olhei para as molduras com fotos dela quando era bebé e percebi que já não é a mesma pessoa. A Mini está a deixar de ser uma bebé, já parece uma menina (até as pernas atrás começam a fazer músculo) e continua linda.
Isto pode ser o meu olhar de mamã babada (pode e eu não vou estar aqui a negar), mas valeu a pena esperar tantos meses pelos primeiros passos da Madalena. São lindos, seguros e muito mais perfeitos do que eu poderia esperar. O melhor: quando cai, senta-se e volta a levantar-se. Mãos abertas no chão, grande força, e aquele rabiosque de fralda a içar-se. É linda!!!!
Os Flor de Lis lá ficaram em 15.º lugar na Eurovisão. Não nos envergonharam a cara. Fico contente e, bem vistas as coisas, a canção não era assim tão má (era até bem melhor que a do ano passado, "Senhora do Mar", cantada por Vânia Fernandes).
Deve ser uma pressão do caraças estar naquele palco e perceber quão ténue é a linha entre ser cool e ser piroso. Aliás, cara Daniela e companheiros, vocês não têm culpa de nada. Essas antigas repúblicas da URSS é que são uns corporativistas, a votarem uns nos outros... Este ano, vá lá, fizeram o obséquio de deixar a Noruega ganhar. Caramba, a canção devia ser mesmo boa! Mesmo assim, repare-se no pormenor, povo do norte.
Coisa curiosa é que, de repente, este ano, parece que toda a gente é fã do Festival da Canção. Uma decisão muito fácil quando se passa a primeira eliminatória na competição europeia. Gostava era de saber onde estavam estes fãs quando andámos pela Europa com uma intérprete chamada Sofia Vitória a cantar "Foi Magia" (mesmo a jeito para ser gozada!) ou quando as Nonstop nos foram representar e foram tratadas como as Doce, versão 2007 mas com mais desprezo.
Ah, e mais uma coisinha, alguém sabe onde pára Maria Guinot?
E aos 15 meses e 7 dias de vida, a Madalena começou a andar. De manhã, com a Dusiiiiiiiiiii (é como ela chama à Suzy, a nossa empregada), do sofá do quarto para a cama - uns quatro ou cinco passos. Depois à tarde, mais uns quatro ou cinco no hall de entrada, agarrada aos bonecos de peluche Azul e ao Diferente (depois explico), com a avó.
(Nem o papá nem a mamã estiveram presentes nesse grande momento. Tenho pena - e tristeza - de não ter estado lá, mas já desisti de tentar estar sempre lá. O importante é como me sinto feliz pelas coisas que consegues).
Todas as idades dos bebés são giras, sim, a gente sabe, mas 15 meses são 15 meses.
Já não se importa de estar sentada à mesa e já não manda o prato ao chão. Em compensação, quer comer tudo à mão - parece os nativos indianos no "Indiana Jones e o Templo Perdido" - e leva os mais pequenos grãos de arroz à boca com uma perícia que me deixa boquiaberta. Quando tem sede, pega no copo (daqueles com tampa) e serve-se sem ajuda com idêntica habilidade. De vez em quando tenta usar a colher, já com a noção exacta do que faz aquele objecto.
Está aqui está a servir-se sozinha!
Era um plano adiado há muito tempo, mas finalmente podemos fazer o visto mental: a Madalena esteve num concerto para bebés.
Portou-se muito bem, melhor do que pensava que algum dia se portaria (ela e os outros meninos todos), e no fim ainda teve direito a uma visita-maravilha pelo Oceanário.
Não sei o que a fascinou mais. Se a música, se as outras crianças, se o escuro, se os instrumentos, se os peixes. O ar espantado dizia tudo.
Não é que se faça sem esforço isto de acordar cedo a um sábado para estar no Parque das Nações às 09h00, mas valeu a pena. E, está prometido, vamos voltar. A este sítio ou a outro. (E já agora, tenho de agradecer aqui à Carla Castro pela dica. Se não fosse ela ainda estava agarrada ao telefone a tentar reservar um dia, lá para o último trimestre de 2010 para os concertos no Centro Cultural OIga Cadaval, em Sintra. É mais: já voltei a tentar marcar e nada. Parece que só com cunha! Alguém conhece os Worm?)
E a montanha russa de sensações não parou por aqui. Hoje, pela primeira vez nos seus 13 meses e 21 dias de existência, Mini almoçou num restaurante. E quando digo almoçou é ter comido tudo aquilo a que tinha direito: Sopa de legumes, hamburguer grelhado com arroz e abacaxi. Só faltava pedir um cafézinho em cima. A honra coube à Cervejaria Portugália do Cais do Sodré (foi o que se pôde arranjar).
A nossa filha pesa 9.970 quilos, mede 74 cm e está impecável.
Vai começar a comer tudo o que nós comemos e a beber leite de vaca.
Entrámos na fase disciplinadora. Bem, quer dizer, para seres humanos preocupados, sempre tivemos noção de que é preciso "dar o ensino" à miúda. Mas até aqui não eram precisas grandes coisas: Bastava pegar nela e afastá-la da perdição.
Bons tempos esses em que a Mini tinha memória de peixinho! Agora consegue recordar muito mais coisas e, diz o Dr.. Berry T. Brazelton, chegou a ordem de meter ordem na cabeça desarrumada dos bebés. E como é que isso se faz? Basicamente, guardar o "não" para situações realmente importantes! Bonitas palavras as do guru da pediatria! E quão fácil parece quando é ele a dizer...
Mas, sejamos francos, o que é que é realmente importante?
O aquecedor e o forno estão off limits, claro, mas não deixar a Mini aproximar-se da estante e dizer "não, não" sempre que tira os livros da estante é importante? O pai acha que sim, mas eu não estou de acordo. Shhhhh.... O papá que não nos ouça, mas quando estamos sozinhas, deixo a Madalena virar tudo do avesso, logo que esse tudo não implique riscos para a sua segurança.
E agora se me desculpam, mas tenho de ir ali arrumar uma caixa de brinquedos. Parece que o passatempo favorito da minha cachopinha é mesmo tirar tudo o que lá está dentro. E não voltar a pôr, claro! Como boa filha que é!
(Em próximo post tenho, aliás, de desenvolver esta temática: como é que esta mãe que passou anos e anos a rebelar-se contra tarefas domésticas, se vê agora no papel de dona de casa. Se há coisas tristes, esta é uma delas)
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