Quarta-feira, 3 de Fevereiro de 2010
Vou gabar-me dos presentes que a minha filha recebeu

Claro que isto me fica muito mal. Eu sei que sim, mas, repare-se, eu não tenho culpa. A miúda recebeu coisas lindas no aniversário e até fiquei constrangida a certa altura. A generosidade das pessoas impressiona-me. E obrigada, mil vezes, obrigada pela generosidade e, sobretudo, por acertarem 99% das vezes em coisas por que ela gosta.

 

Digamos que entre a caminha, a máquina de lavar roupa e ferro de engomar, a cozinha e o fraldário, o carrinho de bebé (é como se tivessemos uma casa montada dentro da casa!), as bonecas, os brinquedos da Kitty, perfume super cheiroso, microfone, um fio magnífico e um anjo lindo, só teve um presente semi-repetido. E quando digo semi-repetido é porque não é igual a nada do que ela tem, mas da família de dois que ela já tem: puzzles com ursos.

Não encontro qualquer explicação para isto, mas ela ama de paixão pegar nas cabeças dos ursos, camisolas, vestidos e pés e encaixá-los nos sítios certos. Tem outros puzzles simples que adora montar mas nada como os ursinhos. Quando chegámos a casa e o viu disse-me: bai biscar a tisoula!  Para tirar o plástico à volta. Obrigada ao Pedrinho e family por fazerem a minha filha tão feliz.

 

Como sempre e seguindo a tradição natalícia, metade dos presentes estão no armário. Não por mal, mas porque a moça não tem capacidade para processar tanta informação. Também mandei coisas realmente boas para casa da minha mãe. Acho que é importante que tenha lá brinquedos que realmente aprecie (foi lá que apanhou a mania dos ursos, aliás!). Lembro-me quando era pequena que em casa da minha avó não tinha nada com que brincar e tinha pena.

 

Finalmente, e agora podem mesmo mandar tomates podres e ficar verdinhas de inveja, recebeu montes de roupa. Vestidos giros, skinny jeans e, last but not least, metade da colecção da Gant. Não, não estou a exagerar. Dois casacos, várias sweat shirts, um vestido que é uma tara... Estou desejosa que o tempo melhore para a embonecar. Ainda por cima, sorte das sortes todas as coisas combinam entre si: as sweats entre elas, com o vestido. Tudo em tons de rosa e azul escuro. Nem sapatos vou ter de comprar.



publicado por Lina às 00:09
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Terça-feira, 2 de Fevereiro de 2010
Traz bolo, não traz bolo, traz bolo outra vez, mas que seja pão-de-ló

Encerrámos oficialmente as comemorações do segundo aniversário da Manena. Ontem levou o pão-de-ló para a escola e parece que foi um dia realmente animado: o Diogo fazia três anos ontem. Não a vi à noite, mas em cima da cómoda da entrada havia um livro em forma de casinha cheio de desenhos dos meninos da "sala do bibe amarelo" (pois, parece que se chama assim, apesar de eu nunca lhe ter vestido semelhante peça nem nunca me terem falado sobre isto). São espectaculares! Mas, claro, não me levem muito a sério. Eles mexem-se e eu acho lindo.

 

Levar o pão-de-ló para a escola requis uma negociação ao nível da Cimeira de Bicesse (é a que me lembro melhor, lamento a antiguidade). Primeiro, eu já tinha encomendado o bolo, com doce de ovos e o desenho do Ruca quando me lembrei de dizer à MM que ia levá-lo. Ela disse que isso não é permitido, que a dona da escola não deixa. E eu indignadíssima. Até que vim para casa, pensei melhor e vi a luz: "bolas, ela tem razão". Se todos os pais se lembrassem de semelhante coisa, comiam bolos todas as semanas e, depois, está certo, o da minha filha é um espectáculo porque vem do Az de Comer, mas sei lá eu dos outros... Portanto, palminhas para a dona da escola que não deixa a criançada levar bolos como molhangas mas sempre permitiu o tal pão-de-ló.



publicado por Lina às 13:30
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Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010
Rescaldo da festa...

A Madalena não se apercebeu de nada até ontem, quando finalmente se viu no meio de uma festa em que toda a gente a encheu de atenção. Como sempre, mete umas poses altivas e camnha de nariz empinado à frente das pessoas, como uma rainha. O pai, sempre cool, só dizia "está tudo bem", mas, claro, não dormi nos últimos dois dias a pensar coisas como: "E se o catering não vem?" ou "E se a miúda não gosta do Panda?" Para minha sorte, só acertei na última: a Madalena não gostou realmente do Panda, tão grande! E não foi só ela... Ao contrário do que pensava, mesmo crianças mais velhas ficaram intimidadas. Outras ficaram simplesmente na boa (e até lhe queriam fazer festinhas). Os animadores eram porreiros e agora tenho cá em casa três obras de arte de pequenos artistas. Fizeram caricaturas, balões...

 

Depois, reunimos pessoas de quem gostamos muito e de quem a nossa filha gosta e isso é o mais importante. E, pelo meio, ainda nasceram as gémeas, meninas que não conhecemos mas de quem já gostamos e a quem damos as boas-vindas.


A festa continua hoje, na escola, com... pão-de-ló! Um delírio (E a trabalheira que foi convencer as senhoras do infantário? Merece um post individual...)



publicado por Lina às 08:44
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Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2010
Isto sim é uma loucura

A minha amiga Ana ligou para o canal Panda para que o bicho original estivesse na festa de anos da nossa filha. Mas o animal, que é muito fino, não faz festas particulares.

 

 

 

 

 



publicado por Lina às 22:01
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Sábado, 31 de Janeiro de 2009
31 de Janeiro, 14h40

Há um ano atrás estava deitada no bloco 3 do hospital CUF Descobertas. Era quinta-feira, estava frio mas sol, e estavas tão agarrada à mamã que foi preciso um forcep para te fazer sair. Baixaram o pano verde que tapava a cesariana e marcar a tua chegada. Não te consegui ver, mas olhei bem para o relógio: 14h40.

Ouvi-te chorar enquanto a enfermeira preparava a tua primeira roupinha. Babygrow cor de rosa, calcinhas e body brancos, e um gorro às flores. "E agora o que é que eu faço? Este gorro é tão giro!", dizia a enfermeira Sofia, que, toda despachada, te pôs o gorro rosa do hospital e por cima o teu.

Trouxe-te para o pé de mim e encostou-te à minha cara. Tão pequenina, branquinha e perfeitinha. Dei-te um beijinho. Estavas de olhos fechados, a fazer aquele ar de "não incomodar, se faz favor" que ainda hoje fazes. Dei-te um beijinho e foste para o berçário.

O pai estava na sala de espera a ler a "Sábado" e não deu por nada. O Dr.. Pedro entrou por ali dentro, ainda de pijama verde e máscara, e disse "O que é que está aqui a fazer? A sua filha já nasceu!"

 

Não temos essa revista. Foi para o lixo por estar demasiado amarrotada, o que é uma estúpida ironia, tendo em conta que foi a única coisa que lemos, apesar de termos parado de propósito na Repsol da Expo para comprar todos os jornais que tinham saído nesse dia para mais tarde recordar e não termos lido nem uma linha de nenhum outro. Não me lembro de nada que se tenha passado nesse dia.

 

Talvez seja porque no dia 31 de Janeiro de 2008 não aconteceu nada de importante, a não ser o teu nascimento. E acredita que tentei. Acordei às 07h00 para comer, tomar banhoca e respirar todo o ar que pudesse do meu último dia sem filhos, e estive a ver a SIC Notícias, mas não me lembro de nada. Não me lembro mesmo. Mas lembro-me de ter pensado: deixa-me fixar isto para depois contar à minha filha. E lembro-me de descer as escadas da casa antiga - a tua primeira casa - com o saco azul do pai e as roupas do três lá dentro. Antes de ir ao hospital passámos pela pediatra e fiquei a achar que era destino porque ela só dá consultas à tarde e nesse dia, excepcionalmente, pediu para irmos de manhã.  E como se não bastasse, a senhora de recepção fazia anos nesse dia e ficou com cara de twilight zone quando lhe dissemos a tua data de nascimento - ali estava uma mulher a explodir de grávida a dizer-lhe a data de um nascimento que ainda não tinha acontecido.
Às 11h00, como planeado, estava na recepção do hospital. Não houve gritos, nem carros em alta velocidade com os quatro piscas ligados, nem contracções, nem nada. Apenas: "Venho ter um filho".

Houve momentos engraçados, como a avó ligar e a mãe lhe dizer que estava a chegar ao hospital e já estar na maca ou a anestesista que parecia uma esquiadora polaca que tratava mal quem que lhe aparecia à frente e a sua partner, a enfermeira que queria que eu fizesse o parto com umas cuecas descartáveis na cabeça. Abençoada enfermeira Sofia que chegou entretanto com uma touca esterilizada. Ou o ataque de comichão e borbulhas que senti na cara quando fiquei sozinha no recobro a chorar porque tinhas nascido e já eras pessoa.

Mas de tudo, de tudo mesmo, se tivesse de escolher um momento, O MOMENTO, queria ficar com aquela imagem do pai a empurrar o berço e a trazer-te para junto de mim. Por fim, estávamos os três. UMA FAMÍLIA.



publicado por Lina às 14:40
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