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O Passos Coelho diz que não sabe quando vai haver eleições e que não tem pressa de lá chegar. Foi assim, grosso modo, o que disse ontem no congresso de Carcavelos,e eu acho que o homem está um cómico. Mas quem é que ia querer ser primeiro-ministro agora com uma crise destas? Só um maluquinho!
PS: Eu adoro congressos do PSD: os comentadores da televisões cheios de pica, as eminências pardas do partido, o cabelo pintado do Fernando Ruas (um homem daquela idade que não tem vergonha de aparecer na rua assim merece respeito!), o bom aspecto do Aguiar-Branco, o Paulo Rangel quase a chorar... lamento, mas não há outro partido a fazer reuniões assim, tão grandiosas quanto parolas. Ah! E expressões grandieloquentes como "Manuela Ferreira Leita, reserva moral do partido".
E já quase não consigo com a Manena - uma mol de 15 quilos - ao colo. Digam-me que isto não vai piorar.
Gostava de experimentar algumas coisas que parece que são típicas da maternidade como:
- contracções.
- o parto normal
- limpar o umbigo até ele cair.
Mas, de tudo, o que gostava mesmo era de voltar para casa com a bebé para casa no segundo ou terceiro dia ainda com sono, mas já cheio de energia.
Que elanasça perfeitinha e cheia de saúde. Com genica. Muita.
Porque se há coisa insuportável - e triste - é uma pessoa preparar a chegada de um filho com todo o carinho do mundo e depois voltar para casa sem ele. Não o digo pela tristeza que se sente. É pelo que isto significa.
Vem bem, Teresa. Vem bem.
Sinceramente, cansa a moleirinha do mais santo isto de chegarem a uma idade em que não conseguem fazer nada sozinhos e, no entanto, não querem fazer nada dos que lhes dizemos.
Por exemplo, vestir de manhã é uma autêntica gincana.
- Vamos mudar a fralda/ vestir a roupa.
- Não.
- Sim.
Esgrimimos argumentos umas quantas vezes, quer dizer, eu e o pai esgrimimos argumentos, enquanto a estrela de qualquer negociação (com reféns de bancos e assim é que ela se dava bem) responde, invariavelmente, "não".
É de tal forma passante que ultimamente as nossas conversas terminam sempre com um "estás de castigo".
Deixamo-la ficar de pé, sozinha, nua ou vestida, no meio do quarto e dizemos "só sais daqui quando quiseres mudar a fralda/vestir a roupa". Remate final: "estou zangada, quando quiseres chama-me". Eventualmente ela lá acaba por aceder, mas isto está cada vez mais difícil de controlar.
Esta noite, por exemplo, esteve uns cinco minutos no meio do quarto (isto é muito em tempo de birra), nua, só com as crocs calçadas, a fazer finca-pé que não queria pôr a fralda. E sempre a tentar dobrar-me: escondeu-se atrás do armário e depois chamava-me para fazer "cu...cu". Muito cómica, sem dúvida, mas é precisamente nestas alturas que uma pessoa não se pode desmanchar.
É como anteontem: o pai a ralhar-lhe (sim, isto tem sido uma constante nas nossas manhãs) e ela deitada no chão. Mas não de uma forma qualquer: com a perna traçada como se estivesse na praia. Só tirando uma foto! Tive de virar as costas para me rir.
- Mas como assim mamã?
- Demoras muito, mamã?
- Já não estás zangada, não?*
- E não damos um beijinho à Rita?
- Olha os Meos... Gosto dos Meos.**
E, finalmente:
- E então é assim, mamã: a Rita estava a chorar por causa das peças, a Mamel disse à Isabel que lhe desse as peças...
- Porque a Rita estava triste?
- Não, mamã. A Rita estava triste, mas estava contente.
- Era a brincar?
- Sim, mamã.
*Isto dá um longo post
**Pouca televisão que veja apanha sempre qualquer coisa.
Seis horas no escurinho da KidZania (ainda que num estado deplorável depois de ontem me ter dedicado a uma tarefa doméstica extremamente fatigante e que me escuso a revelar por ter 0% de glamour) para concluir que aquilo é um bocado a Eurodisney à portuguesa: espectacular para miúdos, um suplício para adultos. A típica experiência que nenhum adulto no seu juízo perfeito privaria a uma criança. Estou mesmo a ver os puristas a dizerem que isto é um atentado à imaginação, brincar ao capitalismo, só comércio, mas eles realmente divertem-se, portanto, que se lhes vai fazer!
Madalena e Teresa, estou só à espera que saibam ler!
Não há nada como a pessoa chegar tarde a casa a pensar que tem tudo limpinho e cheiroso, o jantar da bebé pronto e a roupa passada no armário e descobrir que nada disso aconteceu. Gosto, é que gosto mesmo.
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